sábado, 11 de abril de 2009

Por dentro: Use o refil

No jardim, em vasos ou floreiras, a terra requer a reposição constante de nutrientes para manter plantas vigorosas e saudáveis
por Rosana Faria de Freitas Ilustrações Carvall

De que a planta precisa
Macronutrientes primários São o "arroz, feijão e carne" das plantas:
  • Nitrogênio (N) - Age na parte verde, ou seja, favorece a brotação
  • Fósforo (P) - Estimula e favorece a floração e a frutificação
  • Potássio (K) - está relacionado com quase todos os processos, como a fotossíntese, por exemplo. Beneficia a planta de uma maneira geral, protegendo raízes, caules e ramos
Macronutrientes secundários e micronutrientes
São exigidos em menor quantidade e, em geral, os solos são auto-suficientes nesses minerais.Adubos completos incluem um ou outro elemento na formulação. Secundários: cálcio, magnésio e enxofre. Micronutrientes: cobre, ferro, manganês, zinco, boro e molibdênio

Tipos de adubo
Orgânico
  • Compreende ativos de origem vegetal ou animal e, assim, não polui o meio ambiente. Seus teores nutricionais são relativamente baixos, a absorção pelo jardim é lenta e é preciso usá-lo em quantidades maiores. Exemplos: materiais decompostos ou compostagem (processo que transforma restos vegetais em adubos), húmus de minhoca, torta de mamona, torta de algodão, estercos curtidos (suíno, bovino,caprino), farinha de ossos, de carne ou de peixe, lodo de esgoto, borra de café, cinza de madeira
  • Basicamente, subdividem-se em dois tipos: Compostos orgânicos - restos de alimentos, folhas secas, cinzas, decompostos, curtidos. Exemplos: húmus de minhoca, farinha de ossos, cinza de madeira, esterco, torta de mamona esta é uma das mais utilizadas, pois apresenta os três macronutrientes primários (NPK) Terra vegetal - formado por terra e restos de plantas (resíduos vegetais, xaxim desfribrado), livre de pedras e outros destroços
Importante: muitos têm cheiro ruim ou podem provocar danos à saúde de animais e crianças se forem ingeridos

Químico
  • Sintetiza os elementos essenciais (NPK) e, em alguns casos, outros menos importantes. É mais concentrado e exige dosagem baixa
  • O percentual de cada mineral é indicado em números, como 4-14-8 (4% de nitrogênio, 14% de fósforo e 8% de potássio) ou 15-8-8 (idem, na mesma seqüência)
  • Mais fósforo indica que o produto deve ser usado para curar deficiências de floração e frutificação. Se a necessidade for atuar no verde, a fórmula ideal é a segunda, mais nitrogênio. O potássio traz benefícios gerais e vem em quantidades equilibradas
  • Se a planta estiver bem, use uma fórmula balanceada, como 10-10-10
  • Se bem orientado, o uso doméstico pode ser uma boa alternativa. Vale a recomendação para tomar cuidado com crianças e animais
  • A crítica é quanto aos estragos ambientais: o processo industrial pode causar danos à natureza e o uso errado na agricultura contamina rios e lençol freático

Quando adubar
A freqüência varia de acordo com a espécie cultivada, mas, de uma maneira geral, recomenda-se adubar a cada 30 dias. Importante: durante o crescimento, há mais carência de água e adubo.Dosagem e forma de aplicação devem seguir as indicações do fabricante que constam na embalagem.A terra deve ser imediatamente irrigada após a adubação

As folhas que caem devolvem ao solo vários nutrientes. Se possível, não as remova do vaso, floreira ou jardim

Quando não adubar
  • Antes de 30 dias após a última adubação; o excesso de nutrientes pode matar a planta
  • Se houver raízes danificadas ou podres, pois pode piorar o quadro. Nesses casos, o melhor é só irrigar e esperar a recuperação
  • Durante a floração, quando a planta pára de crescer
  • No inverno, entre maio e julho, época em que as plantas entram em dormência ou descanso, e por isso perdem as folhas
  • Logo após transplantar ou cortar raízes, fase de regeneração do crescimento. O correto é só adubar após quatro semanas

A minhoca é benéfica para a planta. Sua presença indica que o solo está adequado para elas, com matéria orgânica e umidade suficientes, e portanto para o desenvolvimento do jardim

Sintomas de carência
  • Crescimento lento da espécie, aparecimento de folhas mal formadas, retorcidas ou de coloração diferente, falta de floração, hastes fracas e pouca resistência a doenças ou ataque de pragas.
  • Num exame mais atento é possível saber que mineral está faltando: Amarelecimento de folhas mais velhas indicam ausência de nitrogênio ou fósforo Ressecamento das pontas de palmeiras significam insuficiência de potássio Pigmentos vermelhos ou roxos nas folhas representam falta de fósforo

consultoria:

Estelle Dugachard, engenheira agrônoma, tel.0/xx/24/9815-4551,Parati,RJ; Gica Mesiara, paisagista, site www.gicamesiara.com.br; Rainer Luiz Francisco Klein, engenheiro agrônomo, tel.0/xx11/6783-2788, SP; Renata Tilli, paisagista, tel.0/xx11/5531-2837,SP.

Perfil: Caçador de vanguardas

As artes do suíço Rolf Fehlbaum, que, do prédio aos móveis, transformou sua fábrica em templo de design por Raul Juste Lores na Basiléia (Suíça)

Fotos Divulgação

A maior concentração de design e arquitetura premiados por metro quadrado não mora em Nova York ou Londres. Está nos Alpes, entre as cidades de Basiléia, lado suíço, e Weil Am Rein, na fronteira alemã. Ali fica a sede da Vitra, tradicional fábrica de móveis que virou ponto de peregrinação para fanáticos do bom desenho. Em poucos quarteirões, há diversos prédios desenhados por vencedores do prêmio Pritzker, o Nobel da arquitetura. Dentro da fábrica, na linha de produção ou no museu Vitra, está o melhor do design mundial das últimas cinco décadas.

Foto Hans Hansen
Cadeiras do casal americano Charles e Ray Eames, o começo da Vitra; ao lado, Fehlbaum com as Panton Chair, de Werner Panton
Cadeiras do casal americano Charles e Ray Eames, o começo da Vitra; ao lado, Fehlbaum com as Panton Chair, de Werner Panton
Construídos nos anos 80, os edifícios que abrigam a sede e o museu da Vitra foram os primeiros delírios em linhas sinuosas do americano Frank Gehry, que anos depois se tornaria uma celebridade com seu Guggenheim Bilbao. O auditório e as salas de reunião marcaram a estréia do mestre minimalista Tadao Ando fora do Japão. O antigo posto da brigada de incêndio, hoje uma sala de exposições, carrega a fama de ser o primeiro projeto da iraquiana Zaha Hadid, até então considerada "vanguardista" demais, a ficar de pé. Quem "descobriu" esses arquitetos antes de virarem celebridades foi o suíço Rolf Fehlbaum, que assumiu a direção da Vitra em 1977. Se a empresa ficou famosa a partir dos anos 50, quando seu fundador, pai de Fehlbaum, passou a produzir em série as poltronas de Charles e Ray Eames, na administração do filho, a própria fábrica virou objeto de desejo.
A luminária Nuvem Mamma de Frank Gehry, criador do Guggenheim de Bilbao
A luminária Nuvem Mamma de Frank Gehry, criador do Guggenheim de Bilbao
O Museu de Design Vitra, dentro da cidadela da empresa, possui a maior coleção particular de móveis de design no mundo maior inclusive que a do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. O acervo comporta desde a primeira cozinha moderna, criada na Bau-haus, ao próprio ateliê do casal Charles e Ray Eames. Atualmente, uma exposição sobre o lar do futuro tem peças dos irmãos Campana, entre vários outros. O galpão principal e a entrada da fábrica são de autoria do português Álvaro Siza. Ali, robôs torturam as cadeiras desenhadas por Phillipe Starck, Antonio Cit-terio e Ron Arad, para testar sua resistência. Peças de Isamu Noguchi e dos ir-mãos Ronan e Erwan Bou-roullec resumem as tendências desde os anos 50. Fehlbaum, 65, é um perfeccionista. Ao saber que a prefeitura de Weil Am Rein queria colocar um ponto de ônibus meio sem graça na portaria da Vitra, ele se antecipou e convidou o inglês Jasper Morrison para desenhar o equipamento público, doado depois à cidade. Quem chega à fábrica de ônibus já é recebido por esse aperitivo da vanguarda.
Foto Andreas Stterlin
A poltrona Castor de Frank Gehry, criador do Guggenheim de Bilbao
A poltrona Castor de Frank Gehry, criador do Guggenheim de Bilbao
"Se tenho que construir um novo prédio, por que não pegar os melhores para desenhar? Não é tão mais caro. Pode levar mais tempo, mas ser um bom cliente ajuda. O arquiteto precisa do desafio do cliente. Sou crítico, exijo muito", conta. A Vitra também mantém ali a Fundação Luis Barragán, que administra o acervo do grande arquiteto mexicano, falecido em 1988, sob o comando da mulher de Fehlbaum, a arquiteta e jornalista italiana Federica Zanco. "A arquitetura é um meio de marcar, chamar a atenção, criar imagens fortes. Ela já conseguiu mudar a identidade de cidades inteiras, como Bilbao, e o mundo corporativo da Europa e dos EUA descobriu seu poder há tempos." Ele dá os exemplos dos mega-laboratórios Novartis e Roche, ambos com sede na Basiléia, que contratam grandes arquitetos para seus projetos de ampliação. "Os CEOs de hoje entendem o poder do design, sabem o que um lugar monótono, previsível, produz. A arquitetura é poderosa, ela transmite sinais aos quais as pessoas são expostas. Ignorar isso é um erro", afirma.
Foto Thomas Dix
Sala de exposições projetada pela iraquiana Zaha Hadid
Sala de exposições projetada pela iraquiana Zaha Hadid
Para Fehlbaum, um prédio bonito vai além do ambiente de trabalho; qualquer obra grande é uma "responsabilidade cívica", já que produz um impacto na cidade que a rodeia. Com o enfraquecimento dos estados-nação e o aumento do poder das corporações, diz ele, as empresas têm que assumir um papel social mais relevante. "Todo prédio é uma expressão pública. Por que não demonstrar responsabilidade com o entorno, dar orgulho a seus funcionários, respeitar a vizinhança? Você tem um enorme efeito sem tantos custos extras." O empresário critica o fato de o mundo corporativo fugir de gente criativa, "que não é manejável, tem opiniões fortes". "Pessoas criativas são iluminadas, você as atrai se souber respeitá-las."
Foto Thomas Dix
A Moreover, do israelense Ron Arad
A Moreover, do israelense Ron Arad
Seu primeiro contato com o design ocorreu aos 16 anos, quando acompanhou o pai, que não falava inglês, aos EUA, para tratar da licença de industrialização das criações do casal Eames na Europa. Além delas, a Vitra produziria a primeira cadeira 100% plástico, desenhada pelo dinamarquês Verner Panton em 1960, que instantaneamente virou ícone pop. Mas Fehlbaum estudou ciências sociais e economia, trabalhou com cinema e arquitetura, e por muitos anos não pensou em trabalhar com o pai, com quem manteve conflitos típicos da juventude dos anos 1960. Só em 1977, aos 36, é que começou a trabalhar na Vitra. Um incêndio em 1980 foi a desculpa para começar a deixar sua marca. "Por que não chamar um grande arquiteto para a reconstrução?", pensou. O seguro cobrava urgência, e Fehlbaum sabia que teria problemas se a obra atrasasse muito. Ainda assim, convenceu o britânico Nicholas Grimshaw a apresentar um projeto em tempo recorde.
'Rocs', paredes modulares de tecido para criar ambientes intimistas, dos irmãos Bouroullec
"Rocs", paredes modulares de tecido para criar ambientes intimistas, dos irmãos Bouroullec
Para comemorar os 70 anos do pai, convidou o artista Claes Oldenburg para fazer uma grande escultura na Vitra. Oldenburg apresentou ao jovem empresário seu amigo Frank Gehry. Até essa época, o arquiteto americano nunca tinha construído fora dos EUA _nem havia conseguido construir "à sua maneira". Além de desenhar para a Vitra a poltrona Beaver ("castor") e as luminárias Nuvens, Gehry projetou uma fábrica ainda "normal", mas fez outro prédio para abrigar a coleção de objetos que só crescia já tinha então 300 peças, de Alvar Aalto a Marcel Breuer, de uma cúpula desenhada por Buckminster Fuller em 1954 a um pequeno posto de gasolina de Jean Prouvé, de 1951. Mais jóias estão encaminhadas. Uma nova fábrica, a cargo do escritório japonês Sanaa, e um showroom, concebido pelos conterrâneos Jacques Herzog e Pierre De Meuron.
SÃO PAULO POR FEHLBAUM À primeira vista,São Paulo não parece ter personalidade,mas,ao passear pelo Centro Velho ou por Higienópolis, você descobre uma enorme variedade de arquitetos,de Franz Heep a Artigas, de Artacho Jurado a velhos Niemeyers” “O que mais me impressionou foi a força dos prédios de Lina Bo Bardi. Ela é incrivelmente contemporânea,o Sesc Pompéia,por exemplo,é de tirar o fôlego” “Paulo Mendes da Rocha faz prédios excitantes em condições bem mais difíceis que as de outras estrelas da arquitetura
Recentemente, Fehlbaum "descobriu" o Brasil. Em 2003, o empresário virou jurado do prêmio Pritzker, "representando o lado dos clientes". No ano passado, visitou São Paulo para conhecer in loco as obras de Paulo Mendes da Rocha, premiado em 2006. "Ele faz prédios excitantes em condições bem mais difíceis que as de outras estrelas da arquitetura, que contam com clientes e orçamentos bilionários", diz. Habituado a uma arquitetura extraordinária, ele diz que ainda conseguiu se surpreender por aqui. "Além de vários Niemeyers, o que mais me impressionou foi a força dos prédios de Lina Bo Bardi. Ela é incrivelmente contemporânea,
Cadeira Landen, do alemão Konstantin Grcic
Cadeira Landen, do alemão Konstantin Grcic
o Sesc Pompéia, por exemplo, é de tirar o fôlego." E São Paulo? "À primeira vista, a cidade não parece ter personalidade. Mas, ao passear pelo Centro Velho ou por Higienópolis, você descobre uma enorme variedade de arquitetos, de Franz Heep a Artigas, de Artacho Jurado a velhos Niemeyers." Ficou decepcionado com a área da Berrini, onde se hospedou, pela quantidade de prédios "sem personalidade ou passadistas" e edifícios pseudo-neoclássicos. "Será muito decepcionante se o neoclássico kitsch virar a cara da cidade, se o shopping center for o coração dos paulistanos. Será frustrante." Ninguém passa o dia fechado. Pessoas são multifuncionais. O que vejo é que o tempo das estações de trabalho totalmente abertas, sem paredes, já passou, e estamos resgatando a privacidade. Via: Folha

CONVITE A TODOS

Mateus 
22:1-14 Ensinar era uma parte tão importante do ministério de Jesus que ele ensinou até mesmo durante sua última semana de vida. No Templo, Jesus contou uma parábola sobre um banquete de casamento. Nessa história, podemos visualizar o próprio Deus como aquele que nos convida para uma festa - um mistério incrível. Mas um mistério ainda maior é que algumas pessoas dizem “não” ao convite de Deus. Lembro-me de um casal de idosos que decidiu celebrar suas bodas de ouro com uma festa aberta. Com certa ansiedade, eles se perguntavam: “E se ninguém aparecer?” Isso também acontece com os casais de noivos. Enviam convites de casamento para a família e os amigos participarem da celebração. Mas, e se a maioria não comparecer? Bem, é isto o que acontece na parábola de Jesus. Em uma outra versão desta parábola, Jesus diz: “Mas eles começaram, um por um, a apresentar desculpas” (Lucas 14:18). Deus encheu a Bíblia de convites, tais como: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mateus 11:28). Estamos elaborando desculpas para recusar o convite de Deus? Se estivermos, devemos reconsiderar. Vamos desfrutar da vida “plenamente” na presença de Deus (João 10:10)! Ore Senhor, perdoa-nos por inventar desculpas e não considerar o teu convite como prioridade máxima. Que possamos comparecer à tua festa com alegria, e desfrutar uma vida plena contigo. Amém. Pense “Venham a 
mim todos...” Fonte: cadadia